O império otomano foi um dos mais duráveis impérios já vistos na história. Sua história se estendeu de 1300 a 1922.
As riquezas das tribos turcas que inicialmente lutaram contra as hordas mongóis passaram a se desenvolver nas lutas contra os cristãos do Império Bizantino, pois os turcos contavam com o apoio de outros grupos muçulmanos.
Durante o século XIV, os otomano vieram a governar a Ásia Menor e parte dos Bálcãs.
Muito cedo os turcos passaram a desenvolver o uso de armas de fogo e da artilharia, ganhando vantagem nas batalhas das quais participou. A importante tomada da Constantinopla (atual Istambul ) se deu em 1453, pelos otomanos, sob o governo de Muhamad II, que por conseqüência deu fim ao Império Bizantino e, assim, aos últimos vestígios do Império Romano.
No século XVI o império otomano atingiu seu auge, com a expansão de seus domínios territoriais para as terras do norte da África, das regiões dos Bálcãs, da Pérsia, da Hungria e da Arábia. O auge do Império Otomano se deu sob o governo de Suleiman, governo este que duraria 46 anos.
Após a morte de Suleiman, em 1566, seu império havia alcançado o seu maior grau de poder e influência, se estendendo desde os territórios da Polônia até o Iêmen, desde Trípoli até a Pérsia. Entretanto, esta fase foi marcada pelo inicio de um longo e lento declínio.
Este declínio foi ocasionado por uma série de conflitos na sucessão ao poder do império. A Grande Guerra Turca, que se estendeu no período entre os anos de 1683 a 1699, forçou o império à transferência da maior parte das forças da Hungria para a Áustria.
Também as guerras entre turcos e russos foram responsáveis pelo gradual enfraquecimento do poder otomano durante o século XVIII. Já no século XIX, a Grécia e o Egito se desvinculam do império.
A Europa Ocidental defendeu-se do avanço russo através dos próprios otomanos, e em 1876, o império adotou um nova constituição, abolida pouco tempo depois pelo próprio sultão. O império definitivamente havia se enfraquecido.
Foi no início do século XX que os Jovens Turcos, um grupo reformista, passou a pregar reformas para a modernização do império. O grupo reformista teve êxito na deposição do sultão Abd Al-Hamid II, em 1909.
Mas ao centralizar o poder, esse grupo engendrou o início da própria derrocada do império, que foi obrigado a enfrentar a insatisfação geral de libaneses, sírios, macedônios, albaneses, cretenses, além de enfrentar as discórdias provindas da Bósnia, da Herzegovina, de Trípoli. Ainda na Primeira Guerra Mundial , os otomanos tinham sob controle grande parte do Oriente Médio, que se juntava aos Aliados em busca de sua independência.
Os tratados de paz de 1918 dissolveram o Império Otomano, e em 1922, Mustafá Kemal Ataturk foi o último sultão. Durante os 15 anos de seu governo, foi responsável pela introdução de costumes ocidentais, além da abolição do califado.
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