http://urs.bira.nom.br

Espiritismo Literatura e Leitura 29/12/2004 (00088)
Imprimir esta página Anterior Índice Próxima

Artigo: O que é a Mediunidade - Frederico Figner




Amigos e médiuns, mediunidade é a faculdade de expressão máxima que nos é outorgada com possibilidades de antena diretiva, selecionadora, e como proposta de crescimento; é a forma mais lúcida de comunicação entre as almas, nas mais diversas condições estruturais em que se mantêm.
O diálogo entre os mundos sempre existiu, desde os primórdios do entendimento e da razão, sem um conhecimento daquilo que estava acontecendo, porém com as criaturas percebendo que “mestres” orientavam, que o “mundo invisível” falava, e como os aborígenes já se comunicavam com os possíveis deuses e forças da natureza.
Este campo, quando aberto e equilibrado, traz as belas condições de apoio e esclarecimento, engrandecendo, com as elucidações, a Ciência, a Filosofia e a Religião, em bases mais sólidas e dinâmicas.
Com as ditaduras impostas pelos leigos e dirigentes, que somente queriam outorgas próprias e humanas; com as questões religiosas sendo tratadas como “políticas”, a favorecer os seres encarregados dos seguimentos cristãos; com a ganância do poder e a negatividade em aceitar as vozes que vinham através dos apóstolos, dos médiuns e dos missionários, o campo mediúnico veio sendo bloqueado e as dilatações conduzidas somente pelas “mentes encarnadas”, impróprias, tantas vezes, por sua má conduta em moral, ganância e inveja.
Desta forma, esta jóia de brilho ilimitado, que é o campo energizado voltado ao mundo superior, se fez apagada por anos, porém, o mundo espiritual se traz em atuações mais precisas através de alguns missionários que, em sacrifícios e vivas demonstrações de fé, desprendimento e amor, continuaram a manter esta correspondência, não perdendo o contato entre os mundos, porém, não como gostaríamos.
A mediunidade precisa de muita luz: a do Evangelho, do discernimento, do estudo, do amor, da fé, e, acima de tudo, da luz da humildade, para que surja com as possibilidades de equilíbrio desejado pelo Mestre, a manter o progresso espiritual e a dinâmica destes entrelaçamentos, que irão continuar acrescentando à Ciência e aos vínculos educativos que se atrelam às almas, em cada processo de encarnação e seus objetivos básicos.
Aconselho cada irmão que, detém algum tipo de percepção, mesmo a intuitiva, que não cerceie o seu campo de educação íntima. Prossiga estudando, praticando a caridade, tentando servir, porque mediunidade é serviço, tarefa ou missão, e cada alma se traz sob uma condição específica de captação, porém, no nível certo a abastecer suas exigências e condições de Espírito.
Sirvam a Deus e a Jesus, prestem seu depoimento de caridade e amor, sabendo que aqueles que vieram com estas propostas, pequenas, médias ou abastadas, não importa em que grau de abertura, detêm possibilidades amplas de se manusearem, trazendo a si maiores ensinamentos e práticas.
Que Deus os ilumine na tarefa que buscaram.

Frederico Fígner
Petrópolis, 13 de setembro de 2004

Anterior Índice Próxima


Literatura e LeituraLista de EscritoresFilósofosHistória da FilosofiaHistória da Literatura ☼ Fonte: Email recebido de projeto_espirita@grupos.com.br