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Espiritismo Literatura e Leitura 25/11/2004(00008)
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Feto é gente!
Armando Tomzhinski
FetoOs rumorosos casos de gravidez fora do matrimônio, vulgarizados como "produção independente" e de estupros, até mesmo de crianças, demonstram não apenas a violência, como a leviandade e falta de informação que ainda envolvem a origem e formação do ser humano. Esses temas se entrelaçam com o da terapia de vidas passadas, também muito em evidência.

Freqüentemente tais assuntos são discutidos em bases emocionais ou personalistas, desconsiderando o que a fé nos tem transmitido e desconhecendo o que a ciência nos vem confirmando. Muitas pessoas são assim influenciadas a imitar os erros de seus "ídolos" ou a aceitar "achismos", firmando conceitos, tomando decisões e mesmo votando leis, sem uma sólida convicção, lastreada em base realista e confiável.

Comecemos com a terapia de traumas do passado, assunto que remete à regressão. Até há pouco tempo a regressão podia ser parcialmente experimentada através da hipnose ou de drogas. No entanto, essas duas práticas tendem a enfraquecer o crivo da razão, facilitando a que o paciente seja sugestionado, levado a interpretações equivocadas e induzido a erro.

Modernamente se tem praticado a pesquisa do inconsciente com base em técnicas de reativação dessa memória, através de relaxamento e abordagem direta do inconsciente, (ADI), portanto sem perder a consciência em nenhum momento. Em vez de um afloramento camuflado do inconsciente, requerendo, por isso mesmo, a interpretação de um analista, essa técnica permite que o consciente adentre no inconsciente, revendo com clareza os seus registros puros, detalhados e exatos. Sem criar dependência, tal técnica, baseada no questionamento ao inconsciente e na obtenção de suas respostas verdadeiras e precisas, possibilita a cura rápida e econômica de muitos problemas complexos, como, do autismo, da esquizofrenia, do câncer, atrofias e doenças degenerativas, até mesmo do homossexualismo e da AIDS.

A medicina normalmente lida com os sintomas e os efeitos, enquanto a ADI se preocupa com as causas. Em verdade essa técnica não trata das doenças, mas do paciente, corrigindo as raízes profundas das quais derivam os efeitos inibidores de uma vida saudável e plena, como também ocorre pela via espiritual, na cura interior e libertação.

Essa pesquisa, estritamente científica e imparcial, vem sendo desenvolvida em Belo Horizonte, por uma equipe multidisciplinar sob a coordenação de Renate Jost de Moraes. Seus resultados já foram relatados em dois livros: As Chaves do Inconsciente e O Inconsciente Sem Fronteiras.

Há vários núcleos credenciados praticando a ADI, inclusive no exterior. Mais de 30.000 depoimentos de pacientes revelam que em vez de vidas passadas, a pesquisa feita através da ADI, aponta para a existência de uma memória ancestral, através da qual já se tem alcançado antepassados, até mais de 100 gerações, cada qual com sua própria alma. A pesquisa vem comprovando não apenas a existência da alma, que sobrevive ao corpo, mas também que só se vincula a um único corpo. O conhecimento pretérito, apenas parece ser de vidas passadas, mas em verdade decorre dessa memória ancestral, que à semelhança da memória genética, também compõe o que hoje somos.

A análise dos dados obtidos pela ADI comprova que a maioria das experiências traumáticas ocorre nos primeiros meses de gestação. O que os pais dizem, sentem e até o que pensam, fica indelevelmente gravado no feto, podendo somatizar em seu corpo e em seu psiquismo. Isto não ocorre exclusivamente face aos estímulos externos, mas principalmente em função da escolha ou postura que o feto decide adotar, usando do livre arbítrio de que é dotado desde a concepção.

Assim, diante de cada gesto de amor dos pais, o novo ser se estrutura e fortalece psicológica e biologicamente. Diante de cada ato de desamor, ele reage livremente, registrando traumas, se encolhendo, puxando o cordão umbilical ao redor do pescoço ou programando sua auto destruição imediata ou posteriormente.

Tudo fica gravado no inconsciente. Exemplificando pela descrição da cena traumática feita por uma paciente, ao observar seu terceiro mês de gestação: Meu pai estava sentado no banquinho da cozinha coçando o dedão grande do pé; minha mãe estava cozinhando no fogão. Indaga o terapeuta: Essa é uma cena doméstica usual; o que a traumatizou ? Ah!, responde a paciente, é que meu pai está muito aflito porque perdeu todo o dinheiro, vai ter que vender a casa de minha avó e não sabe para onde vai levar minha mãe e a mim!. Portanto as reações do feto aos pensamentos e sentimentos do pai ficaram todos indelevelmente registrados em seu inconsciente, mesmo sem terem sido externados visível ou audivelmente! O que se dirá dos casos em que os pais expressam o desamor entre si e negligenciam ou rejeitam seus filhos?

Outra revelação extraordinária é a de que a alma assiste à fecundação. Ela observa que uma extraordinária luz, impregnada de indescritível amor, que todos associam ao Criador, perpassa os pais, dotando o novo ser de seu próprio "núcleo de luz". Ela "vê" a carga hereditária que vem dos pais e usando de sua liberdade, aceita ou rejeita o que lhe apraz. Suas decisões equivocadas vão bloqueando a luz e o amor, a cuja fonte, no entanto, pode sempre retornar, para refazer integralmente sua vida. Esse o testemunho de todos os milhares de pacientes, sem uma única exceção, mesmo nos casos de estupro, independentemente do credo, raça, status social ou nível de escolaridade.

Reforça-se assim a importância dos aspectos espirituais e conclui-se que o ato sexual não é uma brincadeira inconseqüente, mas deve ser encarado como verdadeira parceria com o Criador na renovação do ato da criação do homem. Comprova-se ainda que além de tudo perceber e registrar via inconsciente, o feto tem liberdade e vontade própria. É portanto um ser humano completo, com corpo e alma, consciência e livre arbítrio, desde a concepção. Essa realidade impõe uma séria reflexão quanto à liberdade sexual, a importância da família solidamente constituída e unida pelo vínculo do amor, e especialmente, quanto à gravidade do aborto voluntário, perpetrado contra um ser humano completo, mas ainda totalmente indefeso, nessa fase inicial de sua existência

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