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Tommaso Campanella (1568-1639)

Filósofo renascentista. Tommaso Campanella nasceu em Stilo, na Calabria. Em 1582, entrou para a Ordem dos dominicanos. Influenciado pelas concepções de Giordano Bruno e Telésio, foi acusado de heresia, em 1591, sendo condenado à prisão perpétua pelo tribunal da Inquisição. Contudo, foi solto em 1629, por haver sido considerado louco.

Peregrinou por Roma e França, falecendo na cidade de Paris. Algumas de suas obras: De Monarchia Hispanica, Monarchie delle Nazioni, De sensitiva rerum facultate, Philosophia sensibus demonstrata, De monarchia christianorum, De regimine Ecclesiae. Contudo, sua obra principal é a Cidade do Sol, na qual Campanella descreve uma cidade utópica, onde prevalece a comunidade de bens.

Esta cidade tem seu governo direcionado para a apreensão do saber, e se encontra fundamentado tanto nas leis naturais quanto na fé cristã.

A filosofia de Campanella está fundada em uma concepção animista da realidade. O mundo é encarado como um organismo vivo e animado, onde cada uma de suas partes se encontra dotada de sentido. Se alguns dos entes presentes no mundo são capazes de sensação, e se cada ente é, para o mundo, o que a parte é para o todo, então o mundo em sua totalidade é dotado de sensação, pois o que se encontra nas partes está, forçosamente, presente no todo.

A sensação é, por este pensador, encarada como uma forma de conhecimento; ela se constitui, em última instância, como contato entre o objeto e o sujeito. Neste contato, o que ocorre é uma identificação entre os termos, de modo que cada sujeito recebe, através das sensações, um conhecimento cambiável, estruturado de acordo com a qualidade das impressões recebidas.

Este conhecimento sensível, por sua vez, distingue-se de um conhecimento inteligível: este último é caracterizado como o saber que a alma possui acerca de si mesma. E, na medida em que a alma participa da divindade, o conhecimento da alma implica no conhecimento de Deus. Assim, todo conhecimento, para Campanella, se estrutura em um duplo sentido: partindo da Natureza para alcançar a divindade e, ao contrário, retornando à natureza desde a contemplação de Deus, uma vez que Ele é compreendido por este filósofo como sendo a estátua de Deus viva e cognoscente.

O pensamento de Campanella representa um exemplo da retomada da doutrina neoplatônica, durante o Renascimento.

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Leia sobre Filosofia

Tommaso Campanella (Poeta da Itália) (wiki)


Obra:

Tommmaso Campanella - A cidade do sol (170K) (pdf)
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Fonte: •Enciclopédia Digital 99 • ( Literatura e Leitura ) •