A Grécia foi berço de uma cultura que exerceu grande fascínio sobre os homens das culturas ocidentais subseqüentes.
Na verdade, a Grécia não possuía uma unidade de sistema governamental que regia todo o território: a organização política grega foi baseada em cidades-estados como unidades políticas independentes.
O sistema de governo apresentava oligarquias locais nas várias cidades-estados, unidas entre si apenas para a defesa dos seus territórios contra as intenções de anexação destas regiões pelo Império Persa.
Muitas guerras foram travadas também entre as cidades-estados: resultando na anexação de Atenas sob o domínio de Esparta, uma das mais famosas guerras locais foi a Guerra do Peloponeso.
Anteriormente à consolidação dessa cultura, as regiões do Mar Egeu haviam enfrentado as invasões dóricas, que resultaram num intervalo de declínio das culturas residentes no território grego, no período compreendido entre os anos 1200 e 1000 a.C.
Na verdade, a origem da cultura grega então incipiente foi resultada de uma mescla de diversas heranças culturais anteriores. Muitos aspectos de outras culturas entraram no processo de formação da cultura grega: a arte egípcia; alguns métodos científicos dos povos mesopotâmicos, como os estudos dos astros, os sistemas matemáticos e o sistema de pesos e medidas, incluindo ainda as escalas musicais e o sistema de calendário solar. Um dos aspectos mais importantes na Grécia antiga foi o surgimento da atividade filosófica, que teve origem a partir das especulações de cunho mais racionalista acerca das origens do homem e do Universo. Uma das figuras importantes neste contexto, primeiramente, foi Pitágoras, cujas especulações matemáticas formaram bases para as origens do desenvolvimento dos estudos das ciências de modo geral. Por outro lado, os nomes de Sócrates (470/69-399 a.C.), de Platão e de Aristóteles (384-322 a.C.) jamais foram esquecidos. Sócrates (470/69-399 a.C.) fundou um método de conhecimento através do questionamento das ideologias vigentes, caminho pelo qual buscava a verdade; além de ter sido responsável pelos únicos registros da metodologia socrática (em Diálogos), Platão, discípulo de Sócrates (470/69-399 a.C.), pregava o idealismo racionalista, como pode ser observado em sua República, em que procura o modelo ideal de sistema político; Aristóteles (384-322 a.C.) buscou abarcar todos os campos do conhecimento humano no estágio alcançado em sua época. A grande efervescência filosófica e cultural na Grécia refletiu-se também nas artes: a arquitetura grega visava a construção do espaço perfeito e harmônico, enquanto a "literatura" de tradição oral tinha Homero como principal figura; suas obras épicas Ilíada e Odisséia foram transmitidas oralmente de geração para geração. Só muito mais tarde a obra de Homero foi vertida para os textos escritos. A arquitetura produziu grandes obras, a exemplo do Partenon, obra arquitetônica de Calícrates e Ictino, que foi ornada com esculturas de Fídias. Além de todos estes aspectos, a Grécia foi berço de uma das celebrações esportivas que hoje é realizada: os primeiros jogos olímpicos tinham por função a celebração da superioridade do homem em força e beleza, aliás tema muito recorrente nas artes da antiguidade clássica grega. Os atletas vencedores recebiam, as mais altas honras, simbolizadas pelos prêmios conquistados: a coroa de louros e o azeite.
A expansão comercial grega, bastante desenvolvida inclusive através do uso do sistema monetário introduzido pelos lídios na região pertencente à Ásia Menor, propiciou um grande avanço em termos econômicos e culturais.
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