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Espiritismo Literatura e Leitura 20/01/2005 (00122)
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Mediunidade e pensamento
Rita Foelker

Falar da importância do pensamento pode parecer insistência num mesmo assunto, assim como falar da sua influência nas reuniões mediúnicas.

Mas em 07/03/02, Gilberto, um dos orientadores de nosso grupo, trouxe, pela psicofonia, algumas considerações muito interessantes, que gostaria de dividir com vocês. Vou escrever do meu jeito, nem sempre transcrevendo textualmente, palavra por palavra, mas respeitando as idéias expostas.

Praticamente tudo


Segundo Gilberto, o pensamento, numa reunião mediúnica, é PRATICAMENTE TUDO.

O pensamento é a "matéria-prima" com que os Espíritos trabalham. O processo mediúnico é transmissão de pensamentos e o trabalho do médium é decodificar as ondas-pensamento, leves e sutis, para uma forma concreta: palpável, audível ou visível.

Tudo o que ocorre, da prece às comunicações e à ajuda fluídica, envolve o pensamento.

Vai daí que, além de definir o ambiente da reunião, o pensamento é responsável pelo rumo que ela vai seguir e por seu rendimento.

Por isso, nunca é demais lembrar a todos os presentes, que cuidem de manter pensamentos harmônicos, atentos e participantes tendo em vista o propósito da reunião.

E... que pensamentos seriam estes?


Lia Mara, uma das amigas do grupo encarnado, disse ao Gilberto que entendia que os pensamentos precisam nascer dos sentimentos, ou ficam vazios, no sentido de não terem ressonância íntima. Não basta pensar no bem, é preciso que este pensamento venha junto com a sinceridade do coração.

Gilberto então disse que, para termos bons pensamentos, precisamos encontrar algo ou alguém, um foco a quem dirigir um bom sentimento. Ou seja, criar laços afetivos com a proposta, com o trabalho e com o grupo. Será que nós poderíamos encontrar na reunião, pelos Espíritos orientadores até os perturbadores e pelos encarnados, um sentimento afetuoso que crie condições para bons pensamentos?

Então a Sandra Bitt lembrou que, conforme estudos da fisiologia do cérebro, temos limitações para manter a atenção e a concentração. Ela perguntou se isto é um fato.

Gilberto explicou que existem todas as limitações de se estar encarnado e todas as implicações de se possuir um corpo físico, existem até condições atmosféricas e climáticas que influem no exercício mediúnico. Todos os médiuns estão sujeitos a elas. E ele diz que temos um instrumento, dentro de nós, para contrabalançar estas condições: a vontade.

Completa dizendo que, no estágio atual do nosso planeta, apenas poucas pessoas, como alguns iogues, conquistaram a habilidade de dominar a fisiologia do organismo. Sandra então propõe que, ao sentir que o cérebro conduz a um movimento de dispersão, nós conscientemente puxemos o pensamento de volta ao contexto. E Gilberto sugere que nos perguntemos, naquele momento: como queremos estar? Queremos interferir, ajudar ou ficar neutros? Queremos progredir ou estacionar?

Eu, Rita, entendo que o resultado desta prática é uma disciplina que nasce, não da imposição exterior, mas da consciência da própria necessidade de desenvolver uma atitude interior que será útil em nosso próprio adiantamento e aprendizado.

Médiuns 24 horas


Gouveia pergunta o que fazer com os pensamentos que recebemos 24 horas por dia, de Espíritos que nos cercam.

Gilberto esclarece que pensar não é voluntário. Não precisamos querer pensar, para pensar. Quase sempre, nós estamos pensando coisas que não quisemos pensar. E acabamos sendo vítimas de pensamentos que preferíamos não ter.

O nosso pensar raramente tem uma intenção que o dirija, um significado maior. Mas quando cultivamos a atenção aos nossos estados interiores, é natural que os nossos pensamentos comecem a assumir uma determinada direção e um determinado sentido, de modo que cada vez mais a dispersão vá se tornando rara.

Muitas vezes nós não cuidamos disto. Preferimos deixar que a mente gire. Mas nós podemos olhar para que sentido ela está girando e dizer pra onde queremos que ela vá. Segundo Gilberto, este é o ponto em que precisamos chegar, numa reunião mediúnica, porque de nada vão adiantar, naquela hora, os pensamentos dispersivos, pensamentos que se perdem, imaginação que vagueia.

O compromisso de quem está numa reunião mediúnica é contribuir com os pensamentos que são, como já foi dito, a matéria-prima que os Espíritos utilizam. E isto acontece quando nós aprendemos a agir conscientemente sobre eles.

Gilberto propõe um exercício para o dia-a-dia: observar nossos pensamentos. Observar da seguinte maneira: dar um "passo atrás", como se estivéssemos assistindo aquele que pensa, como se não fôssemos nós mesmos. E aí, nos perguntarmos: que proveito existe em pensar tais coisas? E se eu deixar de pensá-las? O que posso pensar de proveitoso, agora?...

É neste momento que nossa consciência começa a agir. Conseqüentemente, nosso pensamento direcionado começa a ganhar força e começamos a obter mais rapidamente todas aquelas modificações que gostaríamos de imprimir às nossas vidas, mas que são difíceis porque ficamos dispersos, porque, de tanto vagarem de um lado para outro, elas perdem energia e se confundem com as coisas que nos ocupam a mente dia e noite.

Fonte (não citada no e-mail original): http://www.geocities.com/jornalcem
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