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Café Filho (1899-1970)

João Café Filho nasceu em 3 de fevereiro de 1899 em Natal (RN), presidente da República entre 1954 e 1955. Estudou em Natal depois em Pernambuco, onde cursou a Academia de Ciências Jurídicas e Comerciais de Recife.

Entrou na vida pública através do jornalismo (1918) na cidade de Natal, onde fundou o jornal A Gazeta e dirigindo, mais tarde, o Jornal do Norte. Em 1926 candidata-se a deputado federal, porém não consegue ser eleito.

Ainda em Natal participa de movimentos operários, o que lhe vale perseguição política e o empastelamento do seu Jornal do Norte.

Em Pernambuco foi secretário da prefeitura de Bezerros. Muda-se, então, para Recife onde prossegue sua atividade de oposição; é preso. Quando é finalmente liberado, muda-se para o Rio de Janeiro (1929), tornando-se redator de A Manhã.

Vai para a Paraíba, onde lança novamente o Jornal do Norte, apoiando a Aliança Liberal e a candidatura de Vargas . Vem a Revolução de 30 e Café Filho ajuda na derrubada do governo estadual e participa como chefe de polícia na interventoria do Estado.

Permanece no cargo até 1934, quando se torna deputado federal. Sua atividade no Legislativo dura até a implantação do Estado Novo (1937), quando Vargas fecha o Congresso Nacional.

Café Filho exila-se em Córdoba na Argentina, volta ao Brasil em 1938, mas permanece longe da política até 1945. Com a deposição de Vargas e a volta das eleições, torna-se deputado federal chefiando os deputados do PSP (Partido Social Progressista).

Em 1950 participa como vice da chapa encabeçada por Getúlio Vargas e sustentada pelo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) e pelo PSP. Vencem as eleições e assumem em 1951.

Em 1954 Vargas suicida-se e Café Filho ocupa a presidência. No ano seguinte realizaram-se novas eleições nas quais foi eleito Juscelino Kubitschek.

Em 8 de novembro de 1955 Café Filho afasta-se por motivos de saúde, passando o cargo ao presidente da Câmara dos Deputados, Carlos Luz. Este último indispôs-se com o Marechal Henrique Teixeira Lott, pois mostrava-se conivente e complacente diante das ameaças de alguns setores que não desejavam a posse de JK. Lott, para garantir a legalidade constitucional e a posse de Juscelino, depôs o presidente em 11 de novembro. Passou então o poder ao vice-presidente do Senado Nereu Ramos.

No dia 21 de novembro, Café Filho tenta voltar à presidência, mas havia-se votado o seu impedimento pelo Congresso. O Brasil permaneceu em estado de sítio até 31 de janeiro de 1956 com a posse de Juscelino Kubitschek.

Em 1961 foi nomeado por Carlos Lacerda, então governador do estado da Guanabara, Ministro do Tribunal de Contas do Estado. Morreu na cidade do Rio de Janeiro em 20 de fevereiro de 1970.



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Fonte: •Enciclopédia Digital 99 •(Literatura e Leitura)•