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Jesus Cristo

Estima-se que Jesus Cristo tenha nascido entre os anos 8 e 4 a.C. No entanto, seu nascimento é fundamental para o estabelecimento da origem da contagem dos anos do calendário internacional. Jesus Cristo é tido pelo cristãos do mundo inteiro como o Filho de Deus, o Salvador, aquele que nasceu para sacrificar-se e assim redimir os pecados do homem.

Segundo o Novo Testamento, a grande fonte de resgate da história de Jesus nos Evangelhos de Mateus e Lucas, este nasceu de Maria através da concepção imaculada. Maria e seu marido José, descendente de Davi, partiram de Nazaré para Belém de Judá, em ocasião do decreto estabelecido pelo imperador romano Augusto, a fim de cumprirem as obrigações relativas ao censo. Ali abrigaram-se na gruta onde Jesus nasceu. Consta que campesinos da região e príncipes do Oriente reconheceram o nascimento do esperado Messias, o Redentor. Aliás, o nome Jesus Cristo tem em suas origens o hebreu Jexua (que significa “Jeová (ou Deus) é sua redenção (ou seu auxílio)”) e do grego Khristós (o mesmo significado de “Messias” no hebreu sob a forma Maxiah, quer dizer “ungido”). Várias foram as expressões atribuídas a Jesus e por ele mesmo acatadas: Filho do Homem, o Eleito, Filho de Deus. No período do nascimento de Jesus, a figura do Imperador romano era considerada máxima na política e na religião. Portanto, reconhecer em outra pessoa a divindade que era atribuída ao imperador representava infidelidade e motivo de perseguições do Império aos “infiéis”. Com as notícias do nascimento do Messias, José e Maria partem, então, para o Egito, enquanto crianças recém-nascidas eram assassinadas em Belém. Em retorno a Nazaré, ali viveu Jesus. Jesus foi batizado por João Batista após um período de prática ascética no deserto. João Batista também o reconheceu como o Messias.

Em suas pregações, Jesus Cristo apresentava questões como a necessária fraternidade entre os homens e a importância da fé e da humildade perante Deus, sobretudo representada pelas pessoas mais simples e puras. Sua diferença em relação aos profetas reside no fato da afirmação em que Jesus Cristo representa o próprio elo de ligação entre os homens e Deus, sendo ele sido o portador das verdades de Deus e, ao mesmo tempo, a própria verdade divina. Célebre é seu objetivo e harmonioso modo de discursar em suas pregações, conforme pode ser observado no belíssimo Sermão da Montanha, no fragmento das bem-aventuranças:

Bem-aventurados os pobres, porque deles é o reino dos céus !

Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados !

Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra !

Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados !

Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia !

Bem-aventurados os corações puros, porque verão a Deus !

Bem-aventurados os mansos, porque serão chamados filhos de Deus !

Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus !

Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem; quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós.

(Mat, cap. 5, 3-12)

Desta forma, Jesus angariou grande fé de seus seguidores e discípulos, que escolhera antes de realizar o Sermão da Montanha (os Doze Apóstolos: André, Bartolomeu, Felipe, Tiago, Tiago filho de Alfeu, João, Judas Iscariotes, Judas Tadeu, Mateus, Pedro, Simão e Tomé). Aliás, as figuras dos apóstolos foram escolhidas por Jesus para divulgarem a palavra de Deus, mesmo após a morte do Redentor. Em sua peregrinação, segundo o testemunho do Novo Testamento, Jesus efetuou várias curas divinais, que se tornaram grande motivo de divulgação entre os povoados por onde passou. Jesus fez suas pregações em lugares como Jerusalém, Samaria e Judéia.

Em Judéia deram-se os acontecimentos que levaram Jesus a ser acusado como subversivo frente à ordem religiosa do Império Romano. Um dos apóstolos, Judas Iscariotes, traiu Jesus Cristo por uma pequena recompensa monetária. Jesus já havia predito isso aos apóstolos ao anunciar: “Em verdade, em verdade vos digo, um de vós me há de trair!...” Jesus foi preso após a Santa Ceia, tendo sofrido humilhações impingidas por seus algozes. Foi entregue ao governador Pôncio Pilatos. Jesus foi crucificado aos trinta e três anos de idade, ao lado de ladrões, no Monte Gólgota, também chamado Calvário. No entanto, o ponto fundamental da vida de Jesus Cristo para o Cristianismo é sua subida aos céus: a ressurreição de Jesus foi testemunhada por seus discípulos, além de homens e mulheres, três dias após a crucifixão, conforme registra o Novo Testamento em São João, capítulo 20. Os historiadores não negam a crença dos primeiros cristãos quanto à ressurreição de Cristo. A vida de Jesus fornece vários acontecimentos que até hoje são celebrados em várias datas no calendário religioso, desde seu advento (Natal) até sua ressurreição.



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Fonte: •Enciclopédia Digital 99 • ( Literatura e Leitura ) •