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John Langshaw Austin (1911-1960)

Filósofo e lógico escocês. Nasceu em Lancaster, filho de um funcionário da universidade de St. Leonard. Estudou em Oxford, graças a uma bolsa de estudos. Participou ativamente na Segunda Guerra Mundial, integrando a Inteligência britânica. Tornou-se professor catedrático de filosofia moral na Universidade de Oxford, cargo no qual permaneceu até sua morte.

Lecionou, ainda, em outras universidades, como o Magdalen College e a Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos. Integrou o assim denominado Grupo de Oxford, constituindo um de seus mais importantes representantes. Algumas de suas principais escritos: “Existem conceitos a priori?”; “Outras mentes”; “Verdade”; “Como falar”; “Um argumento como justificativa”; Escritos filosóficos.

As investigações de Austin possuem como ponto de partida uma análise da linguagem ordinária, influenciada, em parte, pela segunda fase do pensamento de Wittgenstein (1889-1951). Seu objetivo último, contudo, à diferença deste filósofo, consiste em elaborar as bases analíticas para a posterior consolidação de uma ciência da linguagem, construída nos moldes empíricos e rigorosos utilizados pela ciência contemporânea.

Neste sentido, a maior contribuição de Austin reside no estudo de verbos que possuem uma característica determinada, como aceitar, prometer, realizar. A importância da contribuição de Austin reside em distinguir, na linguagem corrente, entre função descritiva e função performatória. As expressões que empregam os verbos citados, como por exemplo, Eu prometo fazer isso ainda hoje, não informam nada acerca da realidade.

Antes de “dizer” algo, elas expressam, propriamente, uma ação, uma determinada performance, sendo, deste modo, denominadas performatórias. Tais expressões distinguem-se de proposições descritivas, uma vez que a elas não podem ser aplicados os valores de verdade e falsidade, por não estar referidas a uma realidade dada.

Contudo, elas podem ou não executar o que se encontra, nelas, expresso. Assim, Austin aplica a distinção entre proposições felizes, que logram realizar o ato indicado, e infelizes, aquelas que não o conseguem.

O pensamento de Austin conduziu a filosofia analítica a alcançar maior abrangência e rigor em suas investigações, de modo que seu objeto próprio possa ser compreendido como a totalidade de situações presentes na linguagem.

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John Langshaw Austin (Reino Unido)

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Fonte: •Enciclopédia Digital 99 • ( Literatura e Leitura ) •