Filósofo e matemático inglês. Nasceu em Ramsgate. Estudou matemática no Trinity College, Cambridge. Posteriormente, passou a lecionar nesta instituição, onde foi professor de Bertrand Russell (1872-1970). Em 1910, passou a lecionar Matemática na Universidade de Londres e Matemática Aplicada no Imperial College of Cience and Technology. Em 1924, mudou-se para os Estados Unidos, aceitando o convite para lecionar filosofia na Universidade de Harvard. Faleceu em Cambridge, Massachussetts. Algumas de suas principais obras: Um tratado de álgebra universal; Principia Mathematica, em colaboração com Bertrand Russell (1872-1970); O conceito de Natureza; A ciência e o mundo moderno; Aventuras das idéias; Simbolismo, seu significado e efeitos; Processo e realidade; Natureza e vida.

Os estudos matemáticos de Whitehead receberam influências determinantes das concepções de Cantor, Peano e Frege. Assim, Whitehead desenvolveu um estudo de lógica, no qual procura idealizar para esta uma nova estrutura simbólica, reformulando os princípios clássicos desta disciplina. Deste modo, seria possível fundamentar a aritmética em bases puramente lógicas. Esta nova lógica atende às demandas das concepções físicas e metafísicas deste autor, por instaurar um método por ele denominado abstração extensiva, que permite elaborar as noções filosóficas de espaço e tempo sem incorrer no erro de uma postura substantivista.

Segundo a compreensão deste autor, o mundo é composto por organismos, unidades complexas de acontecimentos ou fatos. Estes, por sua vez, são constituídos por elementos captados por diversas prensões. Uma prensão participa, a um só tempo, do objeto, figurando como seu elemento de constituição, e do sujeito, como o ato de captação pelo qual este se relaciona com o objeto. Deste modo, a noção de prensão pretende abolir esta dicotomia clássica, por abordá-la como dois momentos formadores de uma única realidade.

Segundo este autor, a estrutura de todo organismo é análoga à de um acontecimento da experiência. Assim, a realidade é compreendida por Whitehead desde seu aspecto relacional, comportando um todo dinâmico e não hipostasiado. Tal dinamismo identifica o real não a fatos, substâncias, mas sim à noção de experiência. Esta, contudo, não se fundamenta na consciência; a experiência não é uma propriedade do sujeito. Ao contrário, a subjetividade constitui um dos pólos integrantes de toda experiência.

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Alfred North Whitehead (EUA)(Reino Unido)

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