Filósofo italiano, considerado um dos principais expoentes do marxismo (Leia sobre Karl Marx (1818-1883))neste país. Nasceu em Ales, na Sardenha. Em 1911, iniciou seu estudo de letras na Universidade de Turim. Quatro anos depois, abandonou os estudos acadêmicos, para dedicar-se à atividade política.

Ajudou a fundar, em 1918, a revista semanal A Nova Ordem. Em 1924, colaborou na fundação do jornal A Unidade. Neste ano, foi eleito secretário-geral e deputado do Partido Comunista Italiano. Em 1926, foi preso. Julgado dois anos depois, foi condenado a vinte anos de prisão. Teve a pena reduzida para 12 anos; contudo, faleceu em Roma, em uma clínica de saúde, quatro dias após obter a liberdade.

Algumas de suas obras: Cartas do cárcere; A construção do partido comunista; Socialismo e fascismo; Cadernos do cárcere; O materialismo histórico e a filosofia de Benedetto Croce; nota sobre Maquiavel (1469-1527), sobre a política e sobre o estado moderno.

O projeto central do pensamento de Gramsci consiste em instaurar uma filosofia da praxis. Esta deve corresponder à superação entre aspectos puramente teóricos, por um lado, e a mera atividade os ação política, por outro. A praxis constitui o modo pelo qual o homem se encontra enraizado em sua cultura, a ela pertencendo e modificando-a constantemente.

Esta filosofia também é chamada de historicismo absoluto, uma vez que traz para o homem a possibilidade de compreensão de sua liberdade, bem como de sua qualidade de agente histórico. As massas trabalhadoras devem tomar posse efetiva de sua história, de modo a poder criá-la através de uma vontade coletiva, que converge para um único e mesmo fim.

Segundo a compreensão de Gramsci, a dialética é ato político por excelência, pois marca o salto qualitativo expresso na passagem da necessidade à liberdade. Neste sentido, filosofia e política devem ser unificadas, assim como teoria e ação, de modo a relacionarem-se dialeticamente, aproximando-se ao máximo, assim, do modo de ser constitutivo da própria realidade humana.

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