George Edward Moore (1873-1958)
Filósofo e lógico inglês, considerado um dos fundadores da filosofia analítica. Nasceu em Upper Norwood, nas cercanias de Londres. Estudou no Trinity College, Cambridge. Nesta instituição, lecionou de 1898 até 1939. De 1921 a 1947, dirigiu a revista MindNecessidadeidentidade. Ligado a Bertrand Russell (1872-1970), participou de suas críticas à lógica clássica e ao idealismo filosófico.
A grande maioria da obra de Moore encontra-se sob a forma de artigos e comunicações, posteriormente publicados em coletâneas. Alguns de seus principais textos: “Liberdade”, “A natureza do juízo”, “Necessidade identidade”, “Estudos de cosmologia hegeliana” (Leia sobre Hegel), Principia ethica, “Experiência e empirismo”, “A refutação do idealismo”, “A natureza e realidade dos objetos de percepção”.
O principal interesse filosófico de Moore consiste em proceder a determinadas análises de significações. Em primeiro lugar, este filósofo volta-se para a linguagem cotidiana, para analisar o significado das expressões aí empregadas. Ainda que as proposições pertencentes ao senso comum não podem ser provadas ou refutadas, Moore afirma que é preciso ater-se a elas.
As proposições filosóficas, especialmente no que diz respeito a sua vertente idealista, formulou proposições que, ao procurar escapar da linguagem cotidiana, incorrem, contudo, em uma série de paradoxos. Desta forma, o pensamento de Moore volta-se, em segundo lugar, para uma análise das proposições filosóficas.
Esta pretende, além de analisar o significado das expressões utilizadas, conferir se tais proposições possuem ou não valor de verdade.
O pensamento de Moore volta-se, igualmente, para a análise de questões pertencentes ao âmbito da ética. Este filósofo procede, em primeiro lugar, à averiguação do que se entende por “coisas boas”. Em seguida, ele procura analisar o significado de “bom”. O resultado deste procedimento é o de afirmar: “bom” representa uma qualidade irredutível.
É um predicado básico, que não designa algo “natural” e que não pode ser reduzido a nenhum outro conceito. A toda compreensão ética que procura assimilar este predicado a uma ordem natural, Moore denomina falácia naturalista.
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