O poeta, crítico e ensaísta André Breton, fundador do Movimento Surrealista, que começou como um movimento literário. Tinha conhecimentos de psicanálise, o que lhe facilitou a idéia de se utilizar do potencial poético das imagens oníricas (simbólicas).

Em 1919, junto com Philippe Soupault, fundou a revista “Littérature“ . O termo surrealismo foi usado para designar o método de escrita espontânea que ambos estavam se utilizando. Breton passa a aproximar-se dos artistas plásticos dadaístas, convidando alguns a colaborarem em sua revista. Entretanto, com a radicalização cada vez maior do “culto do absurdo“ nesse movimento e sua própria perda de coesão e desestruturação, Breton provoca a reunião de alguns de seus ex- membros desejosos de criar algo mais construtivo num novo movimento.

Em 1924, publica então o “Manifesto Surrealista“ defendendo a “escrita automática“, as imagens inconscientes e o livre fluxo do pensamento que deve expressar-se sem o controle da razão. Posteriormente, distingue o movimento em época puramente instintiva e época racional, sendo que na segunda fase deixa de acreditar “no pensamento supremo sobre a matéria“.

Breton descreve como chegou a realizar os experimentos surrealistas: a partir de uma noite, ao preparar-se para dormir, ouviu distintamente a frase “há um homem cortado em dois pela janela“, reforçada por sua imagem visual. Resolveu então obter dele mesmo, o que esperava daqueles que tratava ocasionalmente durante a guerra: “um monólogo despejado o mais rapidamente possível, sobre o qual a faculdade crítica do indivíduo não tem qualquer controle“. Utilizando-se disso, passou a “encher folhas e folhas de papel, sentindo um elogiável desprezo por qualquer que fosse o resultado literário dessa atividade. “Realizando a mesma experiência com Soupult, compararam os resultados e descobriram uma enorme semelhança, criando as bases do movimento surrealista.

Em 1925 assume a direção da revista “La Révolution Surréaliste“ (fundada em 1924 por Pierre Naville e Benjamin Péret) e publicou o “Segundo Manifesto do Surrealismo“, em 1929.

Além dos livros e artigos surrealistas, Breton também fazia espécie de montagens de objetos surrealistas justapostos, os “Poemas-Objetos“ ou “Poemas Visíveis“.

André Breton (Escritor)(França)(Wiki)

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