Silvio Tibiriça de Almeida (1867-1924)
Poeta, cronista, ensaista, crítico e filósofo brasileiro. Nasceu em 28 de agosto de 1867, em Pouso Alegre, Minas Gerais e faleceu em 1924, em São Paulo.
Órfão muito cedo, lutou com grandes dificuldades para poder vencer na vida. Sua mãe, de quem recebeu grandes estímulos, auxiliou-o nas primeiras letras.
Inicialmente cursou um colégio em sua cidade natal, passando-se posteriormente para o Rio de Janeiro, onde concluiu seus estudos secundários. Vindo para São Paulo, começou a lecionar no Colégio Ivahy, para poder se manter, e ao mesmo tempo, matriculou-se na Faculdade de Direito, onde se bacharelou em 1885.
Era muito admirado por seus colegas como um grande latinista, pois sua paixão, desde a infância, foram as línguas mortas. Se bem que fosse possuidor de um título de bacharel, nunca abandonou o magistério, havendo ocupado sucessivamente as Cadeiras de Português e Literatura do Ginásio do Estado, e, também, o cargo de Diretor do Ginásio Paulista, mais tarde Instituto de Ciências e Letras.
Escreveu várias obras iniciando-se como poeta com Efêmeras, livro de poesias que realça os seus dotes inatos de homem de letras.
Entre os anos de 1907 e 1913, colaborou nas colunas do O Estado de São Paulo, escrevendo uma série de críticas que, enfeixadas mais tarde em um volume, receberam o nome de Divagações.
Mas foi como ensaista, crítico e filósofo, que mais se distinguiu. A Máscara de um Poeta, notável ensaio sobre Cristóvão Falcão, tornou-o conhecido.
O Antigo Vernáculo resume em suas páginas toda uma época. Casou-se em 1892 com a poetisa Prisciliana Duarte de Almeida. Foi sócio fundador da Academia Paulista de Letras, cadeira nº 17, patrono Júlio Ribeiro, posteriormente ocupada por Otoniel Mota.
Sílvio Tibiriçá de Almeida (Brasil)