Moreira Campos
Moreira Campos foi um dos maiores escritores contistas do Brasil, com obras traduzidas para o alemão, francês, hebraico, italiano e inglês, além de ter sido professor dessa Universidade. Foi catedrático de Literatura Portuguesa do Curso de Letras (1965); chefe de Departamento de Letras Vernáculas; membro do Conselho Departamental; decano do Centro de Humanidades (1970-71); implantador e coordenador do Ciclo Básico (1972) e Pró-Reitor de Graduação da UFC (1973-79). Fonte I
José Maria Moreira Campos nasceu a 6 de janeiro de 1914, na cidade de Senador Pompeu, e faleceu aos 80 anos, no dia 7 de maio de 1994, em Fortaleza, no Estado do Ceará.
Viveu a infância e parte da adolescência em Lavras da Mangabeira, lugar com o qual afetivamente se identificava. Formou-se em Direito pela Universidade Federal do Ceará e licenciou-se em Literatura Portuguesa na mesma instituição. Pertenceu à Academia Cearense de Letras e participou do grupo Clã.
A ficção de Moreira Campos caracteriza-se, no plano temático, pela fixação de tipos e situações: o puxador de terço, os meninos que assistem à morte da mulher, o malandro que ludibria a moça incauta, o traído que se acomoda com a vida imposta pela adúltera, indo do patético à descrição naturalista vigorosa e tensa. Começando inseguro na criação da situação-ambiente, na síntese e no desenvolvimento da narração, o Autor descobre o melhor de sua ficção, quando entrou a cultivar a narrativa que deflagra no episódio mínimo refeito de implicações: os humildes descritos no drama existencial, os anormais, a falsa moralidade, a abjeção mediante a contemplação da miséria e dos defeitos físicos, num estilo que, traindo o pendor naturalista de Moreira Campos, evita o termo ambíguo ou a imprecisão. Fonte II
Influenciou a obra de Pedro Salgueiro, leia aqui.
Obra:
Vidas marginais (1949);
Portas Fechadas (1957); ganhou prêmio “Artur Azevedo” do Instituto Nacional do Livro;
As Vozes do Morto (1963);
O Puxador de Terço (1969);
Contos Escolhidos (1971 e 2 ed.1974);
Momentos (1976), de poesia;
Os doze Parafusos (1978);
Contos (1978);
Moreira Campos em Quadrinhos
A Grande Mosca no Copo de Leite (1985);
Dizem que os cães vêem coisas (1987, 2ª ed. Em 1993, 2002 – Edições UFC) além de outros contos publicados em revistas e livros e dissertações sobre o autor.
