Poeta brasileiro da Arcádia Mineira, cujo nome arcádico era Alcindo Pamireno, nascido em São João d’El Rei ou Vila Rica (MG) em 1749, era mulato. Graduara-se em Direito em Coimbra no ano de 1776. Em 1778 recita na Academia de Lisboa o poema “As Artes”, considerado como um trabalho poético precursor em prol da industrialização.

Voltou para o Brasil em 1777, foi advogado na região do Rio das Mortes e depois passou a residir no Rio de Janeiro tornando-se professor de retórica e poética.

Fundou uma loja maçônica naquela cidade em 1786 juntamente com Basílio da Gama disfarçado de Sociedade Literária.

Teria perdido a proteção dispensada pelo colega acadêmico vice-rei, D. Luís de Vasconcelos e Sousa com a substituição deste pelo conde de Resende, perseguidor dos iluministas (9 de janeiro de 1790). Foi envolvido na devassa ordenada pelo vice-rei. “A sociedade literária” foi fechada e acusada de jacobinismo (republicanismo e maçonaria), abrindo-se um processo que resultou na condenação de Alvarenga, que foi preso na Fortaleza da Ilha das Cobras e teve seus bens confiscados (1794), embora tivesse negado sempre sua participação em qualquer revolta contra Portugal. Recebeu o indulto da rainha três anos depois e seus bens foram devolvidos.

Sua obra mais importante é Glaura, nome de sua musa.

A incorporação da paisagem brasileira é uma das características da obra de Alvarenga

Morreu na cidade do Rio de Janeiro em 1º de novembro de 1814.

Ver participação no Arcadismo


Obra:

O Desertor das Letras (1774)
Glaura (1799)

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