Clique aqui para entrar em Literatura_e_Leitura
urs.bira@uol.com.br

Imprimir esta página Home page de Ubiratan Voltar à página anterior

Coelho Neto (1864 - 1934)

O escritor Coelho Neto, do ponto de vista crítico, enfrentou grandes disparidades de opiniões. Já foi chamado desde "o maior escritor brasileiro" , por Otávio de Faria, até "o sujeito mais nefasto que tem aparecido no nosso meio intelectual", por Lima Barreto (no artigo "Histrião ou Literato", in Rev. Contemporânea, 15-2-1918).

Dada a sua grande aplicação no ofício intelectual, o escritor possui importante posto histórico na literatura nacional. Nascido no Maranhão, em Caxias, em 1864, fez seus estudos no Rio de Janeiro, não prosseguindo nos estudos de nível superior. Atuando como jornalista, integrou-se logo nas batalhas ideológicas do antiabolicionismo e da república.

Sua extensa obra, formada num total de mais de cem livros, possui grande diversidade de gêneros, como romances, crônicas, teatro, contos, fábulas, memórias e poemas. Foi membro fundador da Academia Brasileira de Letras, também exercendo cargos públicos na administração federal, também se tornando deputado pelo seu Estado.

Foi também professor de literatura e de teatro. Vinculado ao período literário correspondente ao Parnasianismo, quando eram cultuados os estilos da palavra rara e da grande preocupação formalista, Coelho Neto, até o ano de 1922, foi considerado um dos primeiros escritores nacionais. Com o advento do modernismo, que realizou profundas renovações estéticas na literatura, o escritor foi severamente criticado, dada a atitude modernista contra a afetação formal dos parnasianos.

Só a partir de 1940 sua obra pôde ser julgada de maneira mais objetiva. Pôs-se em questão o caráter brasileiro de sua obra, cujas fontes provêm da alma típica sertaneja, sua língua e suas histórias. Embora o escritor tenha aderido às preocupações realistas da obra documental, a essência de sua obra manteve-se romântica, incorrendo constantemente em temas imaginativos e fantasiosos.

Obra: Romances: A Capital Federal, 1893; Miragem, 1895; O Rei Fantasma, 1895; Inverno em Flor, 1897; O Morto, 1898; O Paraíso, 1898; O Rajá de Pendjab, 1898; A Conquista, 1899; Tormenta, 1901; O Arara, 1905; Turbilhão, 1906; Esfinge, 1906; Rei Negro, 1914; O Mistério (em colaboração com Afrânio Peixoto, Medeiros e Albuquerque e Viriato Correia), 1920; O Polvo, 1924; Fogo Fátuo, 1929. Lendas: Saldunes, 1900; Imortalidade, 1926. Contos: Rapsódias, 1891; Praga, 1894; Baladilhas, 1894, Fruto Proibido, 1895; Sertão, 1896; Álbum de Caliban, 1897; Romanceiro, 1898; Seara de Rute, 1898; Apólogos, 1904; Bico de Pena, 1904; Água de Juventa, 1905; Treva, 1906; Fabulário, 1907; Jardim das Oliveiras, 1908; Vida Mundana, 1909; Cenas e Perfis, 1910; Banzo, 1913; Melluzina, 1913; Contos Escolhidos, 1914; Conversas, 1922; Vesperal, 1922; Amor, 1924; O Sapato de Natal, 1927; Contos da Vida e da Morte, 1927; Velhos e Novos, 1928; A Cidade Maravilhosa, 1928; Vencidos, 1928 e A Árvore da Vida, 1929.

Biografia em outro site de Coelho Netto
Pesquise em outro site obras de Coelho Netto
Modernismo no Brasil - texto sobre


Conto:
O Duplo
Retorna

Fonte: •Enciclopédia Digital 99 • ( Literatura e Leitura ) •