Aluísio de Azevedo (1857 - 1913)
Aluísio de Azevedo é o grande nome do romance naturalista brasileiro. Nascido no Maranhão em 1857, filho do cônsul português David Gonçalves de Azevedo, fez seus primeiros estudos em São Luís. Chamado por seu irmão, o escritor e comediógrafo Artur Azevedo, foi para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como caricaturista em jornais, sendo despertada então a sua vocação para as letras.
Em 1859, com o falecimento do pai, tornou ao Maranhão, atuando na imprensa como cronista político, satirizando o meio político conservador da região. Iniciou então sua carreira literária com o seu romance de estréia, Uma Lágrima de Mulher. Mas a sua primeira obra de relevo veio a ser a seguinte, com O Mulato.
Seguiu-se, a partir do reconhecimento de sua obra, a fase mais produtiva do escritor, que passou a se sustentar apenas com seu trabalho como escritor, compondo seus romances além de textos folhetinescos para publicação na imprensa. A partir de 1895, passou a dedicar-se à carreira diplomática, estabelecendo-se em diversos países e abandonando definitivamente a carreira literária.
Faleceu em Buenos Aires, em 1913. Bebendo nas fontes do naturalismo, sobretudo em Emile Zola, e influenciado pelas suas leituras de Eça de Queirós, o escritor inaugurou o naturalismo brasileiro com sua obra O Mulato, rompendo com o paradigma romântico que delineou seu primeiro romance Uma Lágrima de Mulher.
O enfoque narrativo, então, passou a voltar-se para a realidade objetiva, à luz das idéias realistas do romance enquanto documento crítico, com influxos deterministas como a herança de sangue na caracterização dos personagens.
A idéia naturalista apresentou-se mais amadurecida nos dois romances mais importantes na obra de Aluísio Azevedo: O Cortiço e Casa de Pensão. Estes constituem o legado para a literatura brasileira de costumes, através da composição dos quadros coletivos apresentados na pensão e no cortiço. No primeiro, o autor explorou com seu maior vigor naturalista os tipos que derivam do conjunto coletivo que se apresenta.
Os personagens das camadas mais pobres , constantemente, são comparados a animais que se deslocam por entre a sua coletividade, aproximando o romance das teorias darwinistas então em voga, onde a natureza humana está submetida a um constante processo seletivo e os mais fortes sobrevivem através da queda dos mais fracos.
Aluísio Azevedo é um inaugurador, no romance brasileiro, do enfoque coletivo dos problemas sociais da pobreza, da exploração e da discriminação racial.
Obra: Uma Lágrima de Mulher, 1880; O Mulato, 1881; Memórias de um Condenado ( Reedição: A Condessa de Vésper), 1882; Mistérios da Tijuca ( Girândola de Amores), 1882; Casa de Pensão, 1884; Filomena Borges, 1884; O Homem, 1887; O Cortiço, 1890; O Coruja, 1890; O Esqueleto (Colaboração com Bilac), 1890; Demônios (Contos), 1893; A Mortalha de Alzira, 1894; O Livro de uma Sogra, 1895; O Touro Negro (crônicas), 1938. Teatro (Colaboração com Artur Azevedo): Os Doidos (Comédia), 1879; Flor de Lis (Opereta), 1882; Casa de Orates (Comédia), 1887, Frizmark (Revista), 1888; A República (Revista), 1890; Um Caso de Adultério (Comédia), 1891; Em Flagrante (Comédia), 1891. (Colaboração com Emílio Rouède) Venenos que Curam (Comédia), 1886; O Caboclo (Drama), 1886. (Fonte 1)
Segunda fonte de informação:
Em 1875, trabalha como caixeiro. Nesta época colabora em jornais com versos e desenhos e ensina português. A convite do irmão, o comediógrafo Artur Azevedo, embarca para o Rio de Janeiro, trabalhando como caricaturista nas redações de jornais políticos e humorísticos. Lá, cursa a Imperial Academia de Belas Artes. Com o falecimento do pai em 1878, retorna ao Maranhão, onde colabora na imprensa. Foi um dos fundadores do jornal O Pensador. Volta ao Rio de Janeiro em 1882, militando ativamente na imprensa. Em 1891, é nomeado Oficial-Maior da Secretaria de Negócios do Governo do Estado do Rio. Em 1895, fez concursos na Secretaria do Exterior para cônsul, sendo nomeado vice-cônsul, em Vigo, em 1895. Desde então, não mais publicou um livro, vendendo sua propriedade literária a H. Garnier. Em 1910, foi promovido a cônsul de primeira classe. Em 1911, sem prejuízo das funções consulares foi transferido para o posto de Adido Comercial junto às legações do Brasil na Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai.
Fonte 2 www.bn.br
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Aluízio de Azevedo - Biografia
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Aluísio Azevedo (Escritor brasileiro)(wiki)
Aluísio Azevedo (Brasil)(wiki)
Romances ainda ligados ao Romantismo:
Uma Lágrima de Mulher (1880)
Mistérios da Tijuca ou Girândola de Amores (1882)
Memórias de um Condenado (A Condessa Vésper) (1882)
Filomena Borges (1884)
O Esqueleto (colaboração com Bilac) (1890)
O Coruja, 1890
Demônios (Contos), 1893
A Mortalha de Alzira - (1894) (zip)
Mattos, Malta ou Matta? - Aluísio de Azevedo (zip)
Aos Vinte Anos - Aluísio de Azevedo (zip)
Romances naturalistas:
O Mulato - Resumo
O Mulato (1881) - Resumo da obra
O Mulato - Aluísio Azevedo (Resumo)
O Mulato (resumo) (Aluísio Azevedo)
O Mulato (versao 1) (Resumo)
O Mulato (versao 2) (Resumo)
O Mulato - Aluísio de Azevedo (pdf)
O Mulato - Aluísio de Azevedo (zip)
Casa de Pensão - Resumo
Casa de Pensão (1884) - Resumo da obra
Aluízio Azevedo - Casa de Pensão (243K) (pdf)
Casa de Pensão - Aluísio Azevedo (Resumo)
Casa de Pensão - Aluísio de Azevedo (pdf)
Casa de Pensão - Aluísio de Azevedo (zip)
O Coruja (1885)
O Homem (1887)
O Cortiço - Resumo
O Cortiço (1890) - Resumo da obra
O Cortiço (resumo) (Aluísio de Azevedo)
O Cortiço (resumo)
O Cortiço - Aluísio de Azevedo (Resumo)
Aluízio de Azevedo - Livro de uma sogra (132K) (pdf)
O Cortiço - Aluísio de Azevedo (pdf)
O Cortiço - Aluísio de Azevedo (zip)
Livro de uma Sogra - (1895) (zip)
O Touro Negro (crônicas),
. Teatro (Colaboração com Artur Azevedo):
Os Doidos (Comédia), 1879
Flor de Lis (Opereta), 1882
Casa de Orates (Comédia), 1887
Frizmark (Revista), 1888
A República (Revista), 1890
Um Caso de Adultério (Comédia), 1891
Em Flagrante (Comédia), 1891 (Colaboração com Emílio Rouède)
Venenos que Curam (Comédia), 1886
O Caboclo (Drama), 1886
Alguns Contos:
O Impenitente
O Touro Negro
França Júnior
Henrique Venceslau
Sizenando Nabuco
Casa de Cômodos
Filomena Borges
A Giovani
Colaboração
Um fruto da época
Gasparoni
Do Vendeiro ao Poeta
Literatura Nacional
Rendas e Fitas
Hamleto